Conhecimento Védico do Yoga

13 13America/Sao_Paulo julho 13America/Sao_Paulo 2021 0 comments Jayadvaita Categories Blog, Blog 2021Tags , ,

Arqueologia do Yoga e o contraste do conhecimento Védico

Tenho dezenas de textos escritos em artigos e material didático dos cursos oferecidos em mais de 20 anos. Sempre trouxe um olhar crítico sobre a deturpação dos princípios e fundamentos essenciais do conhecimento védico no yoga. Hoje, isto se mostra urgente.

Por este motivo, elaborei uma série de artigos curtos, porém diretos no ponto central desta questão. Até quando você irá aceitar as mentiras mal contadas sobre yoga, meditação e conhecimento védico?

Neste primeiro texto, quero que você perceba o quanto de manipulação foi criado sobre este tema. O que chega até nossa tela após uma pesquisa rápida? o que ouvimos de pretensos mestres do yoga? o que devotamos às religiões da Nova Era com base no yoga? 

Chegou a hora de desmascaramos toda mentira chamada yoga. Chegou o momento de você resgatar sua autenticidade, integridade e identidade. Somente a veracidade está aliada nisto.

Parte 1 / Não confie, verifique

Quanto mais evoluímos em termos tecnológicos, mais distante ficamos dos referentes filosóficos essenciais da vida. Mesmo em aspectos práticos, a vida moderna se fez complexa ainda que exaltada com ares de simplicidade, leveza e praticidade. Vide a idolatria por “gênios” tecnológicos e suas indispensáveis invenções para a sociedade atual.

Seria seguro confiarmos tanto nesta tecnocracia? Ao menos, verifique a autenticidade desta suposta divindade.

Apenas para traçarmos um parâmetro básico, suponhamos que alguém vá até o google para pesquisar sobre o termo yoga. Encontrará milhares de sites, blogs, matérias em texto, video, imagens. Suponhamos que, com alguma habilidade consiga filtrar informações de sites feios, mal formatados, layout ultrapassado, pouco amigáveis. E pronto, já teria uma lista ainda infindável de sites bonitos, com estética funcional, otimizada por buscadores, rastreadores, campanhas de tráfego e forte marketing digital para vendas e cadastro de clientes esfomeados por “conhecimento”. Numa avaliação crítica, agora ele aplicaria sua capacidade de validar o conteúdo. Certamente, por ter pouca familiaridade com os termos, elencará alguns links para compartilhar com um amigo que saiba avaliar qual o melhor conteúdo para aquisição de conhecimento. Dado aceno verídico por uma autoridade que diga ‘este é muito bom!’, nosso personagem acessará finalmente o conhecimento que tanto buscava. Porém, outras e outras camadas ainda se sobrepõe, se enviesam, se ‘textualizam’. Isto, quase que infindavelmente.

Veja, podemos destacar aqui algumas camadas bem superficiais:

  • Instrumento de busca
  • Termo de busca
  • Conteúdo da busca
  • Aparência do conteúdo da busca
  • Elemento aparente do conteúdo da busca
  • Ferramenta de venda do conteúdo da busca
  • Aderência ao produto do conteúdo da busca
  • Seleção do conteúdo da busca
  • Validação do conteúdo da busca
  • Desativação crítica e absorção do conteúdo da busca

Parece simples, mas são camadas que se articulam na mente até que acessemos a informação, não o conhecimento.

Diríamos que este é o primeiro nível destas camadas. Uma primeira dimensão entre o sujeito buscador e o objeto da busca: o conhecimento. A questão mais importante será: quem desenhou, construiu e disponibilizou (ou transmitiu) este objeto da busca, ou conhecimento?

A grande isca

Em meio ao desencanto para o qual a humanidade rumou ao longo de mais de cinco mil anos, é natural que surjam anseios profundos da alma. No entanto, estes anseios somente podem ser sanados com conhecimento válido e não com informações desconectas.

O acúmulo de informações, livros, mestres e seitas que vieram em socorro aos anseios mais profundos dos seres humanos nos últimos dois mil anos, supera em muito a capacidade de preservar a clareza discriminativa daquele que busca por solucionar os mesmos anseios. Ou seja, o ser humano cai vítima daquilo que supunha o salvar.

Com a tecnologia e o arauto da tecnocracia, o homem delega a qualquer outra entidade o seu socorro, seja político, ideológico, fé inoperante ou cientificismo. Infelizmente, o mesmo processo ocorre no yoga. Quando se pensa ter alcançado uma fonte original, saiba que ela já passou por inúmeras camadas de modificação semântica, desde base linguistica durante o processo de tradução até alterações filosóficas relevantes. Tudo para desviar o ser humano do verdadeiro acesso ao conhecimento. O que se consome do yoga desde a idade média é meramente uma vertigem, uma miragem que se retroalimenta da inocência e ignorância do homem em crise.

Mas, qual é esta crise?

A verdadeira e única crise que realmente assola a alma humana é a crise espiritual. É uma crise que acompanha o homem desde sempre… será? Não, é uma crise criada. Desde que passamos a acreditar nas mentiras sobre a desconexão de nossa alma com a alma suprema. Porém, esta mentira não foi estabelecida nos últimos séculos, mas há mais de cinco mil anos.

O surgimento de civilizações legou também a ruptura do homem com o conhecimento original. O soterramento cognitivo, o afogamento em crenças infundadas e o entorpecimento mágico de culturas obscuras ampliou ainda mais os sinais da crise espiritual humana.

Uma arqueologia proibida

Primeiro de tudo: descarte as teorias evolucionistas. Descarte as verdades acadêmicas de história humana e sua previsível origem egípcia. Descarte a mentira de alguns milhões de anos. Passe a ver a história humana num raio de 2 bilhões de anos. Loucura? Não, comprovações científicas de objetos encontrados revelaram, com técnicas de Carbono 14, o que anunciara os Vedas.

Neste lastro de tempo é que se encontram as bases do yoga védico. Onde não haviam vestígios do desligamento da alma humana com a alma suprema. Ou seja, não havia crise espiritual.

Pode-se até argumentar que seriam condições primitivas as que rondavam a consciência desta humanidade pré-histórica. Mas, as terminologias pré e histórica foram dadas por homens da posteridade. Tais termos não denotam apenas a ignorância em relação ao objeto de estudo, senão que revela também a intensão maléfica de encobrir uma verdade.

O que historicamente se conhece como Iluminismo é na verdade um direcionamento da atenção sobre o que era tematicamente conveniente ao poder. Isto é, iluminar ou lançar o foco de luz e atenção para onde a humanidade deve ser dirigida e assim, controlada. Tal apogeu deste pensamento será revelado durante a colonização britânica e a Companhia das Índias. Entretanto, colonizações e exploração do conhecimento védico ocorre desde o fortalecimento do império Persa, em territórios que hoje geograficamente temos o continente da Índia.

Portanto, quando alguém busca o termo yoga no google, desconsidera todas as ilimitadas camadas de interferência existente entre ele e o objeto do conhecimento buscado. Então, te pergunto: qual o nível de mentira você consome como yoga?

Por Jayadvaita Das

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